A Junta de Freguesia de Santiago Maior e São João Baptista, em Beja, aprovou por unanimidade uma deliberação onde lamenta que o presidente da Câmara de Beja “não consiga distinguir opiniões e legítimas opções meramente pessoais, com posições e relações institucionais”.
A deliberação surge depois de na última Assembleia Municipal de Beja o presidente da Câmara socialista ter mostrado indisponibilidade para reunir com o presidente da Junta comunista.
Em causa está uma publicação, numa rede social, da responsabilidade do presidente da Junta que, no entender do presidente da Câmara, “ultrapassou a linha vermelha” no relacionamento institucional ao comparar decisões do executivo da Câmara a comportamentos “persecutórios” e fascistas.
“Não se pode dizer tudo sobre os eleitos na Câmara Municipal de Beja”, afirmou Paulo Arsénio, na última Assembleia Municipal, dirigindo-se a Miguel Ramalho.
A Junta defende que “os eleitos autárquicos, nas freguesias ou municípios, devem sempre cumprir com lealdade e compromisso os interesses da população, em detrimento de qualquer objetivo ou opinião pessoal”.
O executivo da Junta “reitera a importância da realização urgente da reunião anteriormente solicitada ao presidente da Câmara e por este cancelada por motivos alheios à Freguesia”.