A família vai processar o Hospital.
“Fomos ignorados, nunca ninguém do hospital chegou ao pé da família e nos informou o quer que seja”, afirmou o genro do falecido em exclusivo à Rádio Pax.
Segundo este familiar, a “escassa” informação que tiveram, foi a família que a solicitou.
Passados sete meses e, curiosamente, só depois da rádio Pax ter noticiado este caso – no dia 14 de Julho – é que, no dia seguinte, a administração do hospital tomou a iniciativa de contactar a família para solicitar informações. “Recebi um mail a pedir informações no dia 15 (Julho), revelou o genro.
“O Sr.António morreu em situações, no mínimo, estranhas. Pelo menos tinham contactado os filhos para dar os pêsames”, declarou fonte próxima da família.
Já passaram sete meses e os familiares de António Joaquim Pereira ainda não tiveram conhecimento das causas da morte do familiar.
O idoso faleceu depois de cair de uma maca no Serviço de Urgência do Hospital de Beja e sofrer um traumatismo crânio-encefálico (TCE).
O homem de 81 anos, residente em Almodôvar, foi transportado para o Hospital de Évora, no dia 29 de Novembro de 2015. Depois de sofrer um enfarte agudo no miocárdio, foi submetido a um cateterismo. O doente, estabilizado, regressou a Beja.
Na madrugada do dia 2 de Dezembro caiu da maca e fez um TCE sem perda de conhecimento. O ferimento agravou-se ao longo desse dia.
“Quando cheguei à urgência e vi o meu sogro com uma grande ferida na cabeça, disse: já mataram o homem”, desabafou o genro do idoso.
Depois de realizar os exames necessários e conferir a gravidade da lesão, o doente foi transferido para o Hospital de São José, em Lisboa, onde veio a falecer no dia 22 de Dezembro de 2015, às 01h35 horas.
Passados sete meses, familiares e amigos de António Pereira ainda não têm conhecimento das razões que levaram à queda do idoso de cima da maca.
Contactada pela Rádio Pax, Margarida Silveira, Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, informou apenas que o “processo de inquérito encontra-se ainda a decorrer”.
A família de António Joaquim Pereira já contactou um advogado. “Vamos levantar um processo contra o Hospital com um pedido de Indemnização Cível”, afirmou.