Os funcionários judiciais da Comarca de Beja manifestaram-se ontem, entre as 09h e as 11h, junto ao Palácio da Justiça, em Beja. O plenário, agendado pelo Sindicado dos Funcionários da Justiça (SFJ), teve uma adesão “bastante significativa”, revelou António Marçal, representante do sindicato.
Os oficiais de justiça exigem que o governo responda de forma positiva às exigências relacionadas com o congelamento das carreiras, remunerações e estatuto profissional.
António Marçal afirma mesmo que os oficiais de justiça estão “numa situação de trabalho escravo”.
Francisco Romão, um dos funcionários judiciais presente no plenário, salientou a falta de condições que ele e os colegas têm para trabalhar. “Em Beja e Ferreira do Alentejo chove dentro do tribunal. Quem tem condições para trabalhar assim?”, questionou.
Os funcionários Judiciais desafiaram ainda a Ministra da Justiça a deixar de ser “autista” e cumprir o que prometeu.
Esta paralisação coincidiu com a greve nacional dos Guardas Prisionais, que começou no passado sábado e provocou o adiamento de algumas audiências de julgamento, na comarca de Beja, particularmente o início do julgamento de 12 arguidos, de Cuba, por tráfico de droga.