No distrito de Beja, a perspetiva é que “grande parte da população esteja vacinada em outubro”.
A esperança foi deixada à Rádio Pax, por Mário Jorge Santos, médico de saúde pública na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), que entende que “se se pensar nos meses de janeiro e fevereiro” é possível “considerar que o pior já passou”.
Segundo o mesmo responsável, tendo em conta as “taxas de vacinação que existem neste momento, mais as pessoas que já estão imunizadas, não se deverá repetir uma situação calamitosa como se verificou nesse período”.
“No entanto”, refere, “o vírus já demostrou a sua capacidade de nos surpreender mediante o aparecimento de novas variantes, e, portanto, também com alguma sazonalidade que tem, é esperado um período de acalmia durante o verão e início de outono. Depois, provavelmente, de acordo com o previsto, a atividade viral aumentará a partir de outubro”.
A principal preocupação, diz Mário Jorge Santos, prende-se com “as fronteiras terrestres”, porque, “a entrada e a circulação entre fronteiras podem originar pequenos focos de contágios dispersos”.
Com a chegada do verão, as preocupações centram-se, também, nos jovens.
Para Mário Jorge Santos, “os próximos tempos dependem dos comportamentos das pessoas e do próprio vírus. A população deve continuar a manter cuidados, principalmente quem não está vacinado. Os cuidados devem ser mantidos, também para quem já recebeu a vacina, porque a inoculação é eficaz apenas em 98 por cento dos casos. O comportamento do vírus também é importante, tendo em conta o surgimento de novas variantes, que podem não ser sensíveis à vacina, e isso implica que poderemos vir a ter novamente problemas”.