INE diz que “seca agrava cenário de grandes dificuldades no setor pecuário”

As previsões agrícolas, em 30 de junho, do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para “um ano agrícola novamente marcado pela seca que atinge 85,4% do território do Continente”.

De acordo com o Instituto, “as condições meteorológicas adversas ocorridas desde janeiro, em particular a sul do Tejo, onde se verificou um cenário de escassa precipitação e temperaturas anormalmente altas, condicionaram muito negativamente o ciclo vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras, não tendo a precipitação de final de maio e princípio de junho (quer pela quantidade, quer pela oportunidade) sido suficiente para desencadear alterações significativas na situação de carência produtiva”.

A produção regista decréscimos superiores a 20% no Alentejo, face a 2022, ano em que a produção forrageira também foi muito condicionada pela seca. O INE realça que há zonas, no interior sul do Baixo Alentejo, onde os decréscimos rondam os 80%.

As reservas de fenos e palhas nas explorações são escassas e os preços são muito elevados.

O INE assegura que “alguns produtores optaram por reduzir o efetivo reprodutor, havendo mesmo casos de abandono da atividade no Baixo Alentejo e Algarve”.