As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma quebra na produção de cereais de Outono/Inverno, comparativamente com 2016.
O Boletim Mensal de Agricultura e Pescas de Agosto indica que nas regiões a sul do Tejo verificou-se uma queda de 10% no centeio, 15% no trigo mole, 20% na cevada e na aveia e 25% no trigo duro e no triticale.
O Instituto aponta como causas desta descida da produção os baixos níveis de precipitação e as elevadas temperaturas.
O Boletim frisa que as condições climatéricas permitiram que “todos os trabalhos agrícolas se realizassem sem problemas”.
No entanto, segundo a mesma fonte, “verificaram-se situações em que os recursos hídricos disponíveis nas explorações são manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades das culturas, nomeadamente no caso de vinhas e olivais no Alentejo (que em regime de sequeiro também apresentam já sintomas de stress hídrico)”.
A campanha vitivinícola foi adiantada cerca de duas semanas em relação ao normal. Apesar de alguns problemas sentidos, o INE estima “um acréscimo de produtividade de 10% face à campanha anterior, havendo alguma expectativa sobre os efeitos da escassez de água na qualidade dos vinhos”.
Na uva de mesa o aumento de produtividade ronda os 5%.