A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) mostra a sua satisfação com as declarações proferidas pelo Ministro da Agricultura e Pescas, na passada terça-feira, na Assembleia da República, relativas à doença Língua Azul.
O Ministro reconheceu que a medida em vigor para minimizar os prejuízos causados pela doença tem fortes limitações por excluir a esmagadora maioria dos produtores afetados e assumiu que estes poderão vir a ser apoiados por outras fontes de financiamento.
A FABBA diz em nota de imprensa que “na realidade, a medida de apoio em curso revela-se inadequada para o fim a que se destina, não só por deixar de fora a grande maioria dos produtores afetados, mas também porque os prejuízos causados pela doença não se limitam à morte de ovinos adultos. Os abortos ocorridos, a mortalidade em borregos jovens, os custos dos tratamentos dos muitos animais doentes e as fortes quebras do seu desempenho zootécnico representam uma tão ou mais significativa quota parte dos referidos prejuízos”.
A FAABA acrescenta que nas regiões vizinhas da Andaluzia e da Extremadura, está a ser ultimado um apoio especial às explorações de ovinos afetadas pela Língua Azul, que tenham notificado as baixas ao Ministério da Agricultura.
O valor deverá chegar aos 32 euros por ovelha recenseada em 2024, não podendo o montante máximo a atribuir ultrapassar os 42 mil euros por produtor, adianta a Federação.
Nesse sentido, e para evitar “distorções” no mercado que os produtores portugueses partilham com aquelas duas regiões é, segundo a FAABA, “de elementar justiça que seja atribuído em Portugal um apoio equivalente ao dos produtores espanhóis”.