18°C
Scattered clouds

Mão-de-obra imigrante é “fundamental” mas agricultores querem mais fiscalização

Mão-de-obra imigrante é “fundamental” mas agricultores querem mais fiscalização

O presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul considerou hoje “fundamental” para a agricultura nacional a mão-de-obra imigrante, que tem que estar legalizada e ter condições dignas, mas para isso é preciso controlo e fiscalização.

“Esta mão-de-obra, temos dito isto e redito, hoje em dia, é fundamental no nosso país. Se não fosse tanta mão-de-obra estrangeira, tanto migrante, não se apanhava nem azeitona, nem a fruta, nem os legumes que hoje em dia necessitamos, portanto, é necessária”, realçou Rui Garrido.

Contudo, “esta mão-de-obra tem que estar legalizada”, afirmou à agência Lusa o presidente da ACOS.

Rui Garrido comentava à agência Lusa a operação da Polícia Judiciária, na quarta-feira, no Baixo Alentejo, que permitiu deter 35 suspeitos alegadamente pertencentes a uma rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para a agricultura no Baixo Alentejo.

Fonte policial disse à Lusa, na quarta-feira, que esta rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.

“As várias dezenas de vítimas de nacionalidades romena, moldova, marroquina, paquistanesa e senegalesa eram contratadas para explorações agrícolas em Beja, Cuba e Ferreira do Alentejo, entre outros locais”, avançou a fonte.

Segundo o presidente da ACOS, instituição sediada em Beja, “as associações de agricultores não têm nada a ver com isto, nem os agricultores em geral”, ou seja, com estas redes de tráfico humano.

“Eu acho muito bem que se façam controlos, e controlos cada vez mais apertados, porque esta mão-de-obra tem que vir e nós, mesmo pela necessidade que temos [dela], fazemos parte do problema, mas estamos cá para ajudar e colaborar a resolver esse problema. Agora, tem de haver controlo”, disse.

O que não pode continuar a existir é, “como às vezes se ouve aí dizer”, situações de “pessoas que são enganadas, que vêm viver em condições perfeitamente miseráveis”, frisou, ressalvando, contudo, que esse controlo, efetuado apenas pelos agricultores é muito difícil.

Dando como exemplo o seu próprio caso, Rui Garrido relatou que, tal como é normal acontecer na região, em que os agricultores contratam empresas que dispõem de mão-de-obra, também ele, que fez agora uma plantação, contratou uma empresa com trabalhadores romenos.

“A minha preocupação é saber se está tudo legal. Eles dizem que sim, têm os documentos, têm seguros, etc, mas, muitas vezes, [as empresas] mudam as pessoas e nós não sabemos”, contou.

Isso “não se consegue controlar” pelo agricultor, “num dia está tudo certo, no outro dia não sei se está lá um ou outro que já não está bem, é impossível”, insistiu, defendendo que é preciso haver mais fiscalização das entidades competentes no terreno.

Para evitar casos destes, Rui Garrido também contou que toma precauções e apenas recorre a empresas que lhe dão “credibilidade”, mas “tem de haver controle e tem de haver dignidade nas condições em que estas pessoas são contratadas”.

“Somos [ACOS] os primeiros a reconhecer isso, já tens tido reuniões com algumas câmaras e não queremos ficar fora do problema. Queremos estar dentro do problema, porque estão mão-de-obra, legal e em condições dignas, faz-nos falta”, reiterou.

Rádio Pax / Lusa

PUB

PUB

PUB

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Farmácia de serviço hoje na cidade de Beja

Publicidade

Mais Lidas

1
Ourique
Incêndio fatal em Ourique: homem perde a vida aos 62 Anos
2
Ressonância
Hospital de Beja: A espera terminou, Ressonância Magnética chegou
Devemos acarinhar os eleitores do Chega? Não! Não podemos
4
Bombeiros
Polémica nos Bombeiros de Beja: Lista rejeitada responde a comunicado da direção 
5
Odemira
Alunas de Odemira brilham em competição de ciência em Itália
6
25 de Abril
50 anos de Abril: Catarina Eufémia, um símbolo da luta antifascista
7
agricultores
Agricultores que cortaram estrada em Serpa identificados pelas autoridades
8
roubos em Beja
Semana com ameaças, agressões e roubos em Beja

Recomendado para si

Páscoa
20/04/2024
“Beja em Movimento” acolheu cerca de 60 crianças nas férias da Páscoa
20/04/2024
Produtores de Vila de Frades apresentam Vinhos de Talha em Lisboa
20/04/2024
Beja acolhe 37ª edição do Capítulo Nacional
Falecimento
19/04/2024
Faleceu um dos fundadores da Rádio Pax
Cruz Vernelha
19/04/2024
Cruz Vermelha encerra lares em Beja e deixa funcionários no desemprego
19/04/2024
EMAS apresenta estudo em congresso mundial sobre perdas de água
19/04/2024
Cuba prevê investimento de 350 mil euros para projeto-piloto
imigrantes
18/04/2024
Sindicato exige “mais respostas” do Estado na proteção dos imigrantes