Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja recorreu às redes sociais para emitir um esclarecimento à população face à realização do Mercado de Santo Amaro, numa altura em que o país está em Estado de Emergência e em que a DGS recomenta o “distanciamento social”.
Em causa está o número de bejenses que se concentrou, no sábado passado, junto às bancas de frutas e hortícolas.
O presidente da Câmara de Beja refere que “o Mercado de Santo Amaro foi perfeitamente legal e legítimo (…) uma vez que “podem realizar-se “Mercados, no caso da venda de produtos alimentares”, não proibindo os mesmos por serem ao ar livre”.
Paulo Arsénio salienta que a “CM Beja não pode garantir na totalidade o «distanciamento social» recomendado pela DGS em todos os momentos, em todas as bancas”, mas garante que “durante a maior parte do tempo, e junto da grande maioria das bancas, esse “distanciamento” foi respeitado pelos clientes”.
Na publicação é ainda referido que a “PSP se dirigiu duas vezes ao Mercado precisamente para impor esse “distanciamento” (…)”.
A autarquia “considera que, se fosse sempre respeitada a “distância social” recomendada, o Mercado de Santo Amaro, até por ser ao ar livre e não ter cestos, nem carrinhos, é substancialmente menos perigoso para contração de contágio que uma superfície em espaço fechado (…)”.
Esta semana, a CM Beja e a PSP, vão analisar “se o Mercado de Santo Amaro deve ou não ter continuidade no quadro existente, independentemente da legalidade que assiste à realização do mesmo (…)”.
Paulo Arsénio diz ainda que “se houver um sistema de distribuição ao domicílio de parte substancial dos produtores, [o Município] está disponível para fazer a divulgação dos contactos nos meios da CM Beja para que os clientes continuem a receber produtos frescos de Beja e dos arredores, em suas casas”.