O Alentejo tem um novo Movimento. Chama-se “Alentejo VIVO” e defende “a promoção duma agricultura sustentável que respeite o ambiente, o património, a saúde pública e a qualidade de vida dos cidadãos”.
O Movimento já apresentou o Manifesto e quer “lançar o debate em torno de diversas questões associadas à instalação de mais de 200.000 hectares de culturas intensivas, onde sobressai neste momento o olival intensivo e superintensivo, de modo a se acautelarem os impactes que começam já a ser manifestos, na conservação do solo, na qualidade da água superficial e subterrânea, na saúde humana, na perda de biodiversidade, na afectação de património arqueológico e histórico, e de algum modo também na perda de uma certa identidade regional”.
De acordo com o Movimento, “o aumento da rentabilidade das explorações não se pode fazer a qualquer custo esquecendo os múltiplos impactes que decorrem deste modelo intensivo de exploração”.
O Movimento Alentejo VIVO pretende “desenvolver um conjunto de acções a nível regional e nacional que passam pelo debate em torno destas questões, denúncia de irregularidades e realização de acções públicas diversas com o objectivo de alertar as consciências e obrigar o poder político a agir com o objectivo último de defender o ambiente, defender a saúde das populações e garantir a qualidade de vida das comunidades locais”.
José Paulo Martins, membro da comissão coordenadora do Movimento, considera que é preciso “haver mudanças” ao nível do licenciamento e fiscalização.