“Manifestamente insuficiente” é, assim, que Rodeia Machado, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), considera o valor previsto no Orçamento do Estado (OE) para 2022, destinado às Associações Humanitárias de Bombeiros.
Segundo o Ministério da Administração Interna, o orçamento de referência previsto para 2022, ascende aos 29 milhões e 700 mil euros.
Apesar de a proposta do OE para o próximo ano, prever um aumento do financiamento para as Associações Humanitárias de Bombeiros, superior a um milhão de euros, face a 2021, Rodeia Machado demonstra a sua insatisfação, afirmando que o orçamento para 2022, de cerca de 29 milhões de euros, já devia estar fixado acima dos 32 milhões de euros.
O, também, presidente do Bombeiros Voluntários de Beja dá o exemplo do Regimento de Sapadores dos Bombeiros de Lisboa que custa à Câmara de Lisboa mais de 40 milhões de euros por ano.
“Se um regimento desta natureza custa este valor, como é que é possível que o Estado mantenha uma situação de financiamento às 435 associações do país de 29 milhões de euros?” questiona o responsável.
“É manifestamente insuficiente”, sublinha Rodeia Machado, esclarecendo que esta verba já devia estar fixada, “em bom rigor, acima dos 35 milhões de euros para 2022”.
Rodeia Machado diz, ainda, que sendo “instituições de utilidade pública, as Associações de Bombeiros desempenham funções que competem ao Estado” e, nesse sentido, este “deve compensar minimamente a criação de um sistema que possa funcionar com eficiência”.