A escassa precipitação na primavera condicionou o desenvolvimento das pastagens e forragens, sublinha o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas previsões agrícolas a 31 de maio.
A seca, conjugada com a redução da quantidade de fertilizantes aplicados nas adubações de cobertura, devido ao “extraordinário” aumento dos preços, “resultou numa diminuição de biomassa destinada à alimentação dos efetivos pecuários”, adianta a mesma fonte.
O INE sublinha que nalguns concelhos do Alentejo as quebras de matéria verde rondam os 80%. Ainda assim, na maior parte das explorações foi possível manter o pastoreio dos efetivos em regime extensivo durante o mês de maio.
O Instituto frisa que “as reduzidas disponibilidades alimentares verificadas no pastoreio direto e nos alimentos compostos (fenos e silagens), cujos trabalhos de corte, secagem e enfardamento decorreram sem constrangimentos, terão um impacto negativo nas explorações agropecuárias, nomeadamente no verão, quando as condições de pastoreio se deteriorarem”.