Os problemas sentidos no Hospital de S. Paulo, em Serpa continuam a gerar várias reações.
O PCP de Serpa vem agora, em comunicado, voltar a defender que “só a gestão pública do hospital de S. Paulo, integrado no SNS, garante a prestação de cuidados de saúde a que a população do concelho tem direito, nomeadamente com a instalação do Serviço de Urgência Básico e com o funcionamento regular de consultas de várias especialidades (…)”.
Para os comunistas o “acordo celebrado à data do governo PSD/CDS de Passos Coelho e Paulo Portas, feito nas costas das autarquias, das populações, dos utentes e dos profissionais, teve, infelizmente, continuidade com os governos do Partido Socialista de António Costa”. Por isso, acrescentam os comunistas é “compreensível que estes partidos tenham, ao longo dos anos, defendido a sua dama, procurando negar o inegável, desvalorizando dificuldades que se têm confirmado insuperáveis, contrariando as propostas do PCP para o retorno do Hospital ao Serviço Nacional de Saúde, insistindo na política de encaminhamento de recursos públicos para o setor privado que deveriam ser canalizados para a valorização e reforço do Serviço Nacional de Saúde”.
Em reação à posição da distrital de Beja do PSD, que alertou para o risco de fecho do Hospital caso este fosse gerido pelo Estado, o PCP de Serpa frisa que “no passado procuraram justificar que sem este acordo os serviços tenderiam a piorar e encerrar, hoje advogam que o regresso do Hospital à gestão pública significará o seu encerramento definitivo. Esta é uma chantagem inadmissível que não aceitamos”, conclui.
Para os comunistas de Serpa, “o incumprimento reiterado das cláusulas do acordo, nomeadamente no que diz respeito ao funcionamento do Serviço de Atendimento Permanente (Serviço de Urgências) é razão mais do que suficiente para a resolução do mesmo, devendo a gestão do Hospital regressar para a esfera do Ministério da Saúde”.