PCP alerta para os problemas no acesso aos cuidados de saúde

A Comissão da Concelhia de Beja do Partido Comunista Português (PCP) salienta que os problemas no acesso aos cuidados básicos de saúde têm-se agravado ao longo dos anos no concelho de Beja.

Os comunistas deixam duras críticas aos Governos de PS, PSD e CDS pela “falta de financiamento para o Serviço Nacional de Saúde e pelo desrespeito pelos direitos dos profissionais de saúde, que progressivamente têm visto as suas carreiras desvalorizadas, ritmos de trabalho intensificados”, pode ler-se na nota de imprensa enviada às redações.

Os dados da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) indicam que no centro de saúde de Beja existem 8252 utentes sem médico de família, o que corresponde a cerca de 38% dos utentes inscritos.

Para o PCP, “uma das razões que estão na origem desta situação é a falta de médicos.” Os comunistas sublinham que “nos últimos tempos várias extensões de saúde ficaram sem médico de família, como são exemplos as Freguesias de Albernoa, Beringel, Mombeja e Trigaches”, sendo que “neste momento, várias localidades do concelho não têm médico nem serviços de enfermagem.”

A este problema, juntam-se o adiamento da conclusão das obras da 2ª fase do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, a falta de valências e equipamentos essenciais para os cuidados e exames de rotina da população, revela a mesma fonte.

Manuel Oliveira, da Comissão Concelhia de Beja do PCP, frisa que a situação do SNS é “crítica” e sublinha que a transferência de competências centra-se, sobretudo, no setor privado.

Os comunistas apelam ainda, às populações do concelho e aos profissionais de saúde que continuem a sua luta pela defesa dos seus direitos e pela defesa do SNS.