A Direção Regional do Alentejo do PCP considera que a operação da Polícia Judiciária em concelhos do Distrito de Beja, visando redes de imigração ilegal e tráfico de seres humanos “peca por tardia”.
Para o PCP “há muito que se exigia uma ação determinada, célere e consequente do Governo e das autoridades competentes em defesa dos direitos laborais, sociais e humanos destes trabalhadores, independentemente da sua naturalidade ou nacionalidade”.
Os comunistas apontam como “necessário que por via de diversos meios e instituições, como a Autoridade Para as Condições de Trabalho, a Segurança Social, o SEF e outras, o Governo intervenha de forma permanente para pôr cobro a autênticas redes organizadas e ‘máfias’ e para procurar criar condições de acolhimento, integração, habitabilidade, regularização e garantia de vínculos laborais, que garantam direitos e dignidade a todos os trabalhadores, nacionais e migrantes”.
A Direção Regional do Alentejo do PCP “considera que o combate estrutural a estes crimes e redes passa pela reversão da política de direita de sucessivos governos do PSD, PS e CDS que ao longo de décadas destruíram as conquistas da Reforma Agrária nos campos do Sul, destruíram milhares de postos de trabalho, empurraram os trabalhadores agrícolas para a emigração e êxodo rural e são responsáveis pela desertificação e suposta falta de mão de obra na região – o falacioso argumento com que alguns tentam irresponsavelmente justificar os crimes laborais e políticas de contratação em condições de quase escravidão”.