Numa altura em que está em consulta pública o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da responsabilidade do Governo e congeminado com a União Europeia, o PCP apresentou uma “moção pelo desenvolvimento da região”.
Em comunicado os comunistas acusam o Governo de “apresentar documentos que estão condicionados pelo espartilho e orientações da União Europeia, sendo que por isso mesmo não apresentam uma análise suficientemente ampla, que permita enfrentar os problemas existentes e tomar as medidas adequadas”.
Segundo o PCP “em determinados aspetos o diagnóstico não está muito distante da realidade, mas falta aprofundar outros aspetos da situação, que vão para além da visão desfocada dos responsáveis da EU, visão que assenta sobretudo em políticas de favorecimento do grande capital”.
Para o Partido Comunista Português é fundamental que o diagnóstico aborde, entre outros três aspetos relevantes, “a gravíssima situação demográfica que, segundo as mais recentes estimativas demográficas do INE, conduzirão o Alentejo na presente década a uma perda de 10% da população; a questão do acentuar das disparidades demográficas e a necessidade de se reequacionar, em diversas dimensões, o modelo de desenvolvimento agrícola quer nas áreas de regadio, quer nas áreas de sequeiro”.
“O PRR deveria ser um plano que contribuísse de forma decisiva para recuperar e elevar os níveis de investimento público de que o País e a nossa região necessitam”.