PCP questiona Governo sobre a ausência de médicos de Saúde Pública na ULSBA

O grupo parlamentar do PCP questionou o Governo para esclarecer o facto de “num momento particularmente difícil em que estamos confrontados com uma grave pandemia” a Unidade de Saúde Pública da ULSBA ter ficado “sem médicos de um dia para o outro”.

O PCP questionou, igualmente, o Governo sobre que medidas vai tomar para que aquele serviço seja “dotado dos médicos da respetiva especialidade” e, ainda, quis saber “face a ausência” destes profissionais que solução tem o Governo para “responder ao problema criado”. As declarações são de João Dias, deputado do PCP eleito por Beja.

Recorde-se que, recentemente, “os dois e únicos médicos de Saúde Pública da Unidade da ULSBA, foram colocados por mobilidade na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, tendo aquele serviço “ficado sem qualquer médico especialista”.

O PCP frisa, em comunicado, que “ainda que a administração da ULSBA tenha alertado para o risco de, no final de novembro, a Unidade de Saúde Pública ficar sem médicos, nada foi feito para resolver essa situação”.

“Mais preocupante”, dizem os comunistas, “foram as declarações do Secretário de Estado Adjunto da Saúde” ao “ter informado, no dia 27 de novembro, em visita a Beja, que o Ministério da Saúde não iria permitir a mobilidade dos médicos em causa, uma vez que emitiu um despacho que durante o estado de emergência está impedida a mobilidade de profissionais de saúde,” o que “no caso dos médicos de Saúde Pública da ULSBA, não aconteceu”.

Ainda de acordo com a mesma fonte, “estando o país e a região confrontados com a pandemia de Covid 19, são estas autoridades de saúde que monitorizam as cadeias de contágio” e “definem as medidas sanitárias a implementar” e, portanto, “não se compreende como pode o distrito de Beja ficar sem médicos de Saúde Pública, não se desenvolvendo medidas para que dote esta unidade dos médicos necessários”.