A Plataforma Alentejo esteve reunida, esta semana, com o Conselho de Administração da IP- Infraestruturas de Portugal.
Na nota de imprensa enviada às redações, a Plataforma diz estar “disposta ao diálogo enquadrado por objetivos de sustentabilidade da região do Alentejo, enquanto a IP só se ouve a ela própria ou a voz do Governo”.
O mesmo documento refere que para a IP, as intervenções nas infraestruturas ferroviárias só são feitas quando ditadas pelo “Mercado” quando há “Procura”. Para a Plataforma Alentejo, as intervenções ferroviárias e rodoviárias são feitas no contexto de desenvolvimento sustentável da Região, do combate à desertificação e à desigualdade demográfica e na defesa intransigente da coesão social e territorial de interesse nacional”.
A Infraestruturas de Portugal defende que é preciso reduzir os “custos” para o Estado, seguindo a lógica do período da Troika, (…), já a Plataforma Alentejo considera que é “preciso romper com a lógica de mercado e criar condições de desenvolvimento sustentável, combate às alterações climáticas e às desigualdades sociais e económicas”.
Para a IP, “as prioridades são definidas pelo Governo e assentes numa lógica meramente economicista. Para a Plataforma Alentejo, as prioridades de política económica devem ser definidas com a participação efetiva de quem conhece a Região, isto é, a partir das propostas das CIM (Comunidades Intermunicipais) e associações cívicas e profissionais”.
A nota de imprensa refere que as prioridades da Infraestruturas de Portugal passam “pela construção do eixo ferroviário Évora- Elvas (pelo Poceirão) e a ligação Sines- Grândola. A Linha do Alentejo só tem intervenção entre Casa Branca e Beja. Beja- Ourique fica em espera (…)”.
Para a Plataforma Alentejo, “toda a rede ferroviária do Alentejo merece outro tratamento estratégico e operacional”.