“Prioridade é concluir reforma da PAC”, diz Ministra da Agricultura

A conclusão da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) é uma prioridade da presidência portuguesa da União Europeia (UE) para esta área, disse ontem, em Bruxelas, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Segundo a ministra, a presidência portuguesa do Conselho da UE terá que responder ao “desafio da recuperação da Europa, que se quer mais resiliente, mais global, mas, também mais bem preparada para os desafios”.

Entre os desafios que a UE tem que enfrentar, a ministra destacou “o digital e o ‘verde’”, salientando a necessidade de uma arquitetura que valoriza os recursos naturais.

A presidência portuguesa da UE inicia-se em 01 de janeiro, por um período de seis meses.

A nova PAC deverá prever maior exigência na adoção de boas práticas ambientais, tendo os governos maior flexibilidade na elaboração das medidas e na alocação do financiamento, através dos respetivos Planos Estratégicos Nacionais.

A Comissão Europeia propõe um financiamento total para a PAC de 348,3 mil milhões de euros, a preços constantes (391,4 mil milhões de euros a preços correntes).

Este montante total constitui a soma de 258,3 mil milhões de euros (290,7 mil milhões de euros a preços correntes) para o Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA – pagamentos diretos e despesas de mercado) e de 90 mil milhões de euros (100,7 mil milhões de euros a preços correntes) para o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).

A Política Agrícola Comum foi estabelecida em 1962 e a sua última reforma data de 2013.

As regras da PAC atualmente em vigor expiram a 31 de dezembro de 2020 e deverão ser substituídas por regras transitórias durante dois anos, até que as negociações para a sua reforma sejam concluídas e aprovadas pelo Parlamento e pelo Conselho, dando ainda tempo aos Estados-membros para lançarem a nova política e informarem e prepararem os agricultores.

Rádio Pax/ Lusa