O Sindicato que representa os Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) vem a público manifestar o seu agrado com o facto de a Câmara Municipal de Beja ter arquivado o processo disciplinar contra a delegada sindical que estava a exercer funções na autarquia.
A estrutura sindical exige a reposição do posto de trabalho desta trabalhadora que foi recentemente afastada.
O STAL repudia a instauração deste processo disciplinar e “o comportamento intimidatório e desrespeitoso” que o executivo tem tido contra esta trabalhadora, refere o Sindicato em nota de imprensa.
A mesma fonte sublinha que a delegada “cumpriu 90 dias de suspensão da sua atividade laboral, mas, desde agosto de 2022, que sofre represálias discriminatórias por ter contestado a mudança de local de trabalho, feita de forma unilateral, sem o consentimento da trabalhadora e sem a necessária auscultação por parte da entidade empregadora ao Sindicato que a representa, como a legislação o determina”.
O Sindicato deixa ainda “duras” críticas à vereadora Marisa Saturnino. O STAL considera que a mesma “confunde a autarquia com um qualquer quintal partidário, esquecendo-se de que foi eleita para desempenhar funções para todos os munícipes do concelho de Beja e não para um determinado partido político”.
Vasco Santana, membro do STAL, considera que este processo disciplinar nunca deveria ter acontecido. O mesmo congratula-se com a decisão tomada pelo executivo, alegando que o processo poderia originar “batalhas litigiosas”.
Vasco Santana
Em conversa telefónica com a Rádio Pax, a vereadora da Câmara Municipal de Beja, Marisa Saturnino, recusou fazer qualquer comentário relativamente a este assunto.