A Distrital do PSD de Beja expressa a sua profunda “insatisfação e indignação” com o que diz ser “a instrumentalização que está a ser feita pelo presidente da CIMBAL relativamente à informação sobre o financiamento para a modernização da Linha Ferroviária Casa Branca–Beja que teve uma redução de 60 milhões de euros feita pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA)”.
O PSD diz que a principal exigência de António José Brito foi direcionada ao Ministério das Infraestruturas, que nada teve a ver com esta decisão, e “esta atitude é particularmente grave, pois direciona publicamente o descontentamento para o Governo, desviando o foco do verdadeiro problema e minimizando a controvérsia gerada pela decisão da CCDR, que é liderada por outro socialista, António Ceia da Silva”.
Para a distrital “laranja” de Beja, o facto do Presidente da CIMBAL estar a instrumentalizar a informação, complementada com seu silêncio e falta de condenação inequívoca da CCDRA, mostra que está mais preocupado em proteger o partido e os órgãos regionais, do que em defender os 13 municípios que representa”.
O PSD quer a “reversão imediata e total por parte da CCDRA do corte de 60 milhões de euros” e que o Presidente da CIMBAL “adote uma posição firme e intransigente em nome da proteção dos interesses do Baixo Alentejo, deixando de instrumentalizar a informação para branquear as decisões prejudiciais que seu partido tomou para a região”.
António José Brito “lamenta” que a distrital de Beja do PSD venha “desviar as atenções daquilo que é verdadeiramente essencial para Beja e para o Baixo Alentejo”.
O Presidente da CIMBAL reafirma que “o Ministério das Infraestruturas, que tem a tutela da empresa Infraestruturas de Portugal, terá de esclarecer as pessoas como vai ser resolvido o problema do financiamento da linha Ferroviária”, que perdeu 60 milhões de euros.
No entender do autarca, o Ministério das Infraestruturas terá que “dialogar” com o Ministério da Coesão, que tutela a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e o Programa Regional “Alentejo 2030”.
O autarca diz que é “legitima” a posição do PSD quando sai em defesa do Governo, mas considera que, nesta como noutras matérias, não deve prevalecer a “luta partidária”.