Num momento em que se discute o futuro da Política Agrícola Comum (PAC) e se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, a FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal defende que “os países do Sul da Europa devem concertar posições para defender o futuro da agricultura de regadio na União Europeia, essencial à produção de alimentos a preços competitivos, à fixação das populações no território e à protecção do Ambiente”.
Em nota de imprensa enviada à Rádio Pax, a Federação sublinha que “as futuras políticas europeias de apoio ao investimento em regadio devem incentivar os agricultores a atingir metas ainda mais ambiciosas de eficiência do uso da água e não centrar os esforços no “corte cego” do uso da água em agricultura”.
A FENAREG defende que a PAC, para o período 2021-2027, deve “apoiar investimentos com base no aumento da produtividade económica da água (ou seja produzir mais kg de determinada cultura agrícola com o mesmo volume de água) e não com base na poupança de água obtida”.
Por outro lado, quer que sejam financiados “investimentos que garantam o aumento dos níveis de eficiência do uso da água e não uma redução nos volumes de água utilizados”.
A Federação entende que as ajudas devem “considerar a eficiência do binómio água-energia, uma vez que os sistemas de rega de precisão são mais eficientes no consumo de água, mas requerem maior consumo de energia”.
Estas medidas estão contempladas num estudo abrangente que a FENAREG encomendou, visando “dar o seu contributo para a definição de uma Estratégia Nacional para o Regadio em Portugal”.