O presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, considera que a competição entre os vereadores do PCP e do PSD tem prejudicado o concelho. Em entrevista à Rádio Pax, o autarca eleito pelo PS, e recandidato, afirmou que a relação com a oposição tem sido difícil, criticando a postura dos vereadores da CDU e do PPD-PSD face ao executivo em permanência. “Gostaria que a oposição tivesse maior responsabilidade institucional e não fizesse (…) política de terra queimada”, critica o edil.
Segundo Paulo Arsénio, esta é uma situação que não tem memória de acontecer ao longo das duas décadas em que integrou a Assembleia Municipal de Beja. O Autarca afirma que, em 20 anos como membro da Assembleia, nunca viu vereadores da oposição com uma postura tão marcada negativamente como agora, declarou.
O presidente da autarquia sublinhou ainda que, nos últimos anos, os orçamentos municipais têm sido alvo de negociações profundas, com a inclusão de várias propostas apresentadas quer pela CDU, quer pelo PSD. No entanto, apesar desse esforço negocial, quando chega o momento da votação, o voto acaba por ser político e de reprovação, o que, na sua opinião, se deve à proximidade das eleições autárquicas.
Paulo Arsénio apontou também para uma crescente rivalidade entre os vereadores da oposição, nomeadamente entre Nuno Palma Ferro (PSD) e Vítor Picado (CDU), que competem entre si “para ver quem é mais eficaz na crítica ao executivo”. Para o autarca, estas posturas não beneficiam o concelho nem servem os interesses das populações.
A poucos meses de novo ciclo eleitoral autárquico, o ambiente político em Beja aquece, com o presidente da Câmara a lançar um apelo à “responsabilidade e ao diálogo em nome do bem comum”.