Está a nascer, em Beja, uma nova forma de promover a solidariedade, a partilha e o espírito de comunidade. A Santa Casa da Misericórdia de Beja é a entidade responsável pela nova Agência do Banco de Tempo na cidade, um projeto que valoriza o tempo como moeda de troca… mas solidária.
Este sistema, que já existe em Portugal há 23 anos, foi criado por uma equipa do Graal – organização que continua a coordenar a rede nacional, com 23 agências distribuídas de norte a sul do país.
Em Beja, o objetivo é claro: incentivar a entreajuda e reforçar os laços comunitários. Francisca Guerreiro, responsável pela área social da SCMB, explica que “no Banco de Tempo, troca-se tempo por tempo. Uma hora de ajuda a cozinhar, dar explicações ou ensinar informática vale exatamente o mesmo. Todas as horas têm o mesmo valor.”
Outro dos princípios fundamentais é que a troca não precisa de ser direta. Quem ajuda uma pessoa pode ser ajudado por outra, numa lógica de rede baseada na confiança, na cooperação e no gosto em partilhar talentos e conhecimentos.
A nova agência será inaugurada brevemente. Até lá, o convite é à reflexão: como usamos o nosso tempo? E se, em vez de guardá-lo, o colocássemos ao serviço uns dos outros?
Uma nova forma de dar e receber chegou a Beja – com tempo, solidariedade… e espírito de comunidade.