As condições climatológicas vão reflectir-se na produção de cereais de outono/inverno. As previsões agrícolas do INE – Instituto Nacional de Estatística, no final do mês de Julho, referem uma “diminuição generalizada” de cerca de 20% face a 2016 em consequência “das condições adversas em que decorreu grande parte do ciclo cultural.
Segundo o INE verificaram-se casos em que os recursos hídricos disponíveis nas explorações “são manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades das culturas”. O Instituto destaca o caso das vinhas e olivais do Alentejo.
Na pecuária, nota para “um acréscimo de explorações sem capacidade de satisfazer, com os recursos próprios, as necessidades de abeberamento dos efectivos pecuários”. O transporte de água a partir de reservas de água pública, as novas captações e o reforço das existentes são “cada vez mais frequente”, levando a um “aumento dos cultos” associados à produção.
Esta é uma realidade bem conhecida dos agricultores da região. José Damião, presidente da Associação de Agricultores de Serpa, espera que a seca não se prolongue para o mês de Outubro.
No final do mês passado cerca de 79 % do território nacional estava em seca severa e 9,2% em seca extrema.