Ana Moisão, vereadora independente da Câmara de Serpa, exige “o reconhecimento formal e público do fracasso da empreitada dos passadiços do Pulo do Lobo, obra lançada em 2019 e que acabou interrompida, mal-executada e sem qualquer benefício para o território e a sua população”.
A eleita, numa intervenção feita no mês passado, considerou que “a má condução da empreitada, o seu abandono e as estruturas deixadas em degradação podem configurar violação do artigo 66.º da Constituição da República Portuguesa e da Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 19/2014, de 14 de abril)”.
Na missiva a que a Rádio Pax teve acesso, Ana Moisão propõe que a Câmara Municipal “reconheça formalmente, em ata, as falhas de gestão, supervisão e comunicação associadas à obra”.
Por outro lado, quer que a Câmara elabore um relatório técnico e financeiro detalhado contendo os custos totais, os encargos associados à rescisão contratual e a estimativa do prejuízo para o município e a população.
A eleita defende ainda a emissão de “um pedido de desculpas público, assinado pelo Presidente da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal de Serpa, assumindo os erros cometidos”.
Para Ana Moisão, “este gesto não é apenas simbólico — é uma obrigação ética, política e legal perante os munícipes. A confiança da população exige verdade, responsabilidade e transparência”.