O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) e o Sindicado Independente dos Médicos (SIM) reuniram, ontem, no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, com os profissionais médicos.
“A dificuldade em captar médicos para o hospital é evidente, tal como se constatou durante o Verão, com o encerramento, por várias vezes, do Serviço de Urgência de Obstetrícia, obrigando a que as doentes se deslocassem mais de 200 km”, diz o SMZS.
O Sindicato dos Médicos da Zona Sul afirma, ainda, que “este sempre foi um hospital carenciado em termos médicos assim como outros profissionais” e revela que “este é mais um exemplo da inabilidade deste Governo em atrair médicos para zonas carenciadas e reflecte uma gestão incompetente por parte de Conselhos de Administração, inaptos para desempenhar a sua função”.
Os sindicatos “apelaram aos médicos para que estes não cedam a pressões que ponham em causa os cuidados prestados à população, pois a defesa do doente é a função primordial do médico. Por isso, é importante que sejam respeitados o número e a especialização dos elementos de escala de urgência, de forma a evitar longos períodos de espera que, por vezes, pode pôr em risco a vida e a qualidade dos cuidados a prestar”.
“Os sindicatos exigem rigoroso inquérito para se identificar as causar do recente falecimento de um doente na sala de espera e enviam sentidas condolências à sua família.”
“O Ministério da Saúde não pode continuar indiferente e assistir à destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirma a mesma fonte.
“O SMZS e o SIM recusam compactuar com políticas prejudiciais para o SNS mantendo a sua postura de denúncia perante quaisquer condições que ponham em causa a qualidade da saúde e sugerem que, sempre que se justifique, os médicos devem apresentar as minutas de isenção de responsabilidade por falta de meios.”