O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) mostra-se preocupado com a falta de professores e salienta que este problema tem-se agravado nos últimos anos em todas as escolas do país, sobretudo no Alentejo e Algarve.
Após a análise realizada, a nível regional, o Sindicato conclui que “nos 89% dos agrupamentos de escolas da área sindical que responderam, existem horários por preencher, sendo a sua maioria, cerca de 50%, no 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, tal como a tendência a nível nacional”.
O SPZS refere que, “na passada semana (de 11 a 15 de setembro), só na área sindical, cerca de 16 455 alunos não têm professores a todas as disciplinas”.
No distrito de Beja, “há cerca de 47 horários por preencher, correspondentes a 826 horas, com 4 130 alunos afetados, sendo este o distrito do país onde a média de horas por horário é maior”.
No entender do SPZS, “a falta de condições de trabalho, a degradação de edifícios e dos equipamentos, e o ‘insuficiente’ investimento na sua modernização” são algumas das razões que levam os jovens a não prosseguir a carreira de docentes.
Em declarações à Rádio Pax, Manuel Nobre, presidente do SPZS, considera que a elevada média de horas no distrito de Beja é um dado “preocupante”.