Agricultores preocupados com nova estirpe da Língua Azul enviam carta ao Ministério

Agricultores preocupados com nova estirpe da Língua Azul enviam carta ao Ministério

Os prejuízos causados no sector pecuário do Alentejo provocado por um novo serotipo do vírus da Febre Catarral Ovina (serotipo 3), também, conhecido como Língua Azul, levou a Federação dos Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) a enviar uma carta à tutela a manifestar a sua “séria preocupação” com a situação.

Este vírus afeta, essencialmente, ovinos, embora, também, possa causar problemas aos bovinos e aos caprinos, esclarece a FAABA.

Trata-se de “uma doença transmitida por insetos, que se suspeita terem vindo do Norte de África arrastados pelo vento, trazendo consigo esta nova estirpe da Língua Azul”.

Miguel Madeira, vice-presidente da ACOS e veterinário, atesta que os primeiros focos conhecidos desta variante surgiram com grande intensidade no Alentejo Central e rapidamente se alastraram aos territórios vizinhos. Atualmente, praticamente todo o Alentejo está confrontado com este problema.

É uma doença de declaração obrigatória que, quando confirmada na exploração, implica um impedimento da movimentação animal durante 60 dias, o que se revela muito penalizador do ponto de vista económico.

Miguel Madeira salienta, ainda, que os prejuízos causados à produção são muito consideráveis e decorrem da significativa mortalidade de ovinos, cuja taxa aumentou mais de 50%, face a período homólogo do ano passado.

Acresce a esta situação que a vacina, recentemente, disponibilizada é muito cara e os custos de aquisição e de aplicação estão a ser suportados integralmente pelos produtores, ao contrário do que acontece em outros países comunitários, como por exemplo em França e em Espanha, onde o Estado suporta na íntegra a aquisição da referida vacina.

Os responsáveis da FAABA escreveram a José Manuel Fernandes, titular da pasta da agricultura, porque constatam, com apreensão, que “em Portugal e apesar da gravidade da situação, o governo não manifestou, até ao momento, qualquer intenção de apoiar a produção a suportar estes prejuízos e custos acrescidos”.

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