Os eleitos do PS na Assembleia Intermunicipal do Baixo Alentejo revelam, em comunicado, aquela que dizem ser “a verdade relativamente à sua posição na Assembleia Intermunicipal”, acrescentando que “não aceitam as acusações dos eleitos da CDU por serem deslocadas da realidade, demagógicas e, puramente, eleitoralistas”.
A tomada de posição dos socialistas surge, depois, de no início desta semana, os comunistas terem acusado os eleitos do PS de “subserviência partidária” e de “relegarem para segundo plano as aspirações das populações”.
Os eleitos do PS explicam que votaram contra a proposta de Moção “Exigimos do Governo a concretização do investimento público há muito previsto”, apresentada pelos eleitos da CDU, por considerarem que se trata “de um ataque focado no “bota-abaixo” (…) injusto, sectário e desproporcionado ao trabalho desenvolvido pelos autarcas baixo-alentejanos e pela CIMBAL na defesa dos interesses da região e dos baixo-alentejanos”.
Ana Horta, presidente da Assembleia Intermunicipal da CIMBAL, fala em “desnorte do PCP”, dizendo tratar-se “de um partido, cada vez menos capaz, de se apresentar como alternativa com capacidade de promover o desenvolvimento do território”.
Os autarcas do PS e a CIMBAL têm tido uma postura pró-ativa, contribuindo para as soluções e defesa dos interesses da região e dos baixo-alentejanos, trabalhando na identificação dos problemas, muitos deles refletidos na moção apresentada, no entanto, procura-se resolvê-los para além de os vociferar.
Os eleitos do PS dizem ser “demagógico afirmar que têm adotado uma postura passiva e subserviente ao Governo”, apontando como exemplos, “as propostas apresentadas no processo de auscultação pública do PNI2030 e do plano de Recuperação e Resiliência, documentos esses que, finalmente prevêem a realização de vários investimentos, na rodovia e na ferrovia da região”, nomeadamente, “a modernização e eletrificação do troco Casa Branca-Beja; realização dos estudos necessários à reativação do troço Beja – Funcheira; conclusão do IP8 entre Sines e Beja, incluindo a variante a Beringel e a construção da variante a Aljustrel”.
Os eleitos do PS reconhecem que “existem enormes carências e necessidade de investimento nas acessibilidades da região, seja na rodovia, seja na ferrovia”. Admitem, também, “a necessidade de uma verdadeira estratégia de valorização do Aeroporto de Beja e revêem-se na posição do conselho intermunicipal, que exigiu ao Governo que seja concedida, no âmbito dos planos nacionais de investimento, prioridade aos investimentos reivindicados pela região.