No Alentejo, onde a falta de professores continua a ser uma realidade sentida em várias escolas, o Governo quer reforçar o número de docentes no ativo. O ministro da Educação revelou que quase mil professores decidiram adiar a reforma e continuar a dar aulas, uma medida apoiada pelo Orçamento do Estado para 2026, que prevê 24,3 milhões de euros para incentivar estes profissionais a permanecerem nas escolas.
Durante o debate parlamentar, Fernando Alexandre sublinhou que o setor da Educação, Ensino Superior e Ciência vai receber um reforço de 621 milhões de euros no próximo ano, totalizando quase 11,5 mil milhões. O objetivo é reduzir o número de alunos sem aulas, especialmente nas zonas com mais carência de docentes, como Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve.
Além do apoio aos professores que prolongam a carreira, o Governo destina 56 milhões de euros ao novo concurso extraordinário para reforçar as escolas com mais dificuldades em contratar e 23 milhões para ajudar docentes deslocados.
A proposta de Orçamento inclui ainda 22,9 milhões de euros para a formação de novos professores e prevê a contratação de 1.406 técnicos especializados, entre psicólogos e profissionais de apoio.
O ministro defendeu que este é um “investimento claro na valorização da educação”, num momento em que mais de 60% dos docentes portugueses têm mais de 50 anos e o rejuvenescimento da classe se tornou uma prioridade nacional.