A produção de vinho em Portugal registou uma quebra de 14 por cento na campanha de 2025/2026, fixando-se nos 5,9 milhões de hectolitros, segundo dados divulgados pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
De acordo com o IVV, os números recolhidos nas Declarações de Colheita e Produção confirmam uma diminuição significativa face à campanha anterior. Entre as regiões mais penalizadas está o Alentejo, que registou uma quebra de 20 por cento, a par do Algarve. O Douro apresenta o maior decréscimo, com menos 34 por cento e Trás-os-Montes, com menos 18 por cento.
Em sentido contrário, destacam-se os Açores, com um aumento expressivo de 221 por cento, e a Beira Interior, com um crescimento de dois por cento.
Segundo o Instituto da Vinha e do Vinho, esta descida da produção ficou a dever-se, sobretudo, à instabilidade meteorológica, marcada por precipitação intensa e temperaturas amenas na primavera, condições que favoreceram o aparecimento de doenças fúngicas nas vinhas.
Face à média das últimas cinco campanhas, a produção nacional apresenta um recuo de 16 por cento. Ainda assim, 91 por cento do vinho produzido foi considerado apto para Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica Protegida.
Os vinhos tintos continuam a liderar a produção, com cerca de 54 por cento do total, seguindo-se os brancos, com mais de 2,3 milhões de hectolitros, e os rosados, que representam cerca de sete por cento da produção nacional.