As necessidades de água nas culturas poderão aumentar entre os 16,5% e os 27,5% num cenário mais otimista, onde se estima um aumento médio global de temperatura na ordem dos 1,8⁰C; e num cenário mais desfavorável, com uma subida superior em 2,2⁰C.
As previsões constam de um estudo da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e dos seus parceiros, no âmbito do Projeto “Conhecer para Prever o Futuro”, do PDR 2020 – Programa de Desenvolvimento Rural de Portugal.
Nas culturas permanentes, em particular o olival, a subida das temperaturas conduzirá ao aumento das necessidades globais de rega na ordem de 15% a 23%, para cada um dos cenários climáticos.
Porém, se o produtor aplicar um maior stress hídrico nos períodos de menor sensibilidade hídrica, poderão obter-se poupanças de água até 22%, indica o estudo.
Nas culturas forrageiras, o aumento da temperatura resulta no encurtamento do ciclo e, consequentemente, no aumento da produção. “Neste caso, terá de ser acompanhado por um aumento das necessidades de rega de 38,4% e 67,1%, para cada um dos cenários climáticos”, indica o estudo.
O relatório final recomenda a implementação de medidas de conduzam à “poupança de água nas regiões mais críticas”.
