A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo e a Olivum- Associação de Olivicultores do Sul “rebatem”, em comunicado, o que dizem “a desinformação” que está a colocar em causa “o trabalho e o contributo positivo dos agricultores para a dinamização da agricultura, para o desenvolvimento da região e para o combate às alterações climáticas”.
De acordo com a Carta de Uso de Ocupação do Solo de Portugal Continental de 2018, a agricultura do Alentejo pratica-se numa superfície agrícola utilizada (SAU) total de aproximadamente 2,6 Milhões de hectares. Constitui-se num mosaico agrícola diversificado, repartido por 54% de floresta (dos quais 42% corresponde a sistema de montado), 20% de culturas temporárias de sequeiro e regadio, 14% de pastagens naturais, 7% de olival (sequeiro e regadio), 3% de matos, 1% de vinha e 1% de pomares.
De acordo com duas as organizações, “os agricultores alentejanos têm vindo a apostar, entre muitas outras áreas, na cultura da oliveira irrigada por gota-a-gota, cuja área actual não ultrapassa os 70 mil hectares (cerca de 3% da SAU), e que é, ao contrário do que se faz crer, uma cultura com benefícios comprovados”.
Segundo a mesma fonte, o olival é “pouco exigente em água” e “permite também poupanças ao nível da utilização de fertilizantes ou fitofármacos”.
Rui Garrido, presidente da ACOS- Associação de Agricultores do Sul e da FAAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo considera que as críticas feitas à plantação de olival não têm sentido.