“O veto do Presidente da República à lei de desagregação das freguesias é uma decisão, surpreendente, incompreensível e inaceitável”, afirma, em comunicado, a delegação de Beja da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).
A tomada de posição surge, depois, do Conselho Diretivo da Delegação de Beja da ANAFRE ter-se reunido, ontem, em Safara, no concelho de Moura, no âmbito das reuniões descentralizadas pelo distrito de Beja.
Aquele Conselho Diretivo recorda que “o processo de desagregação durou mais de dois anos, foi sólido, transparente e democraticamente legitimado por todos os órgãos locais, além de ter sido aprovado por uma expressiva maioria na Assembleia da República, ao contrário do processo de agregação das freguesias em 2013 que foi rápido, feito a régua e esquadro em Lisboa, e sem ouvir as populações”.
No comunicado é, ainda, sublinhado que “perante a instabilidade gerada nas populações, a Delegação de Beja da ANAFRE, está solidária com todas as tomadas de posição levadas a cabo pela ANAFRE nacional”.
Além disso, aquela delegação “apela à Assembleia da República e aos seus grupos parlamentares que reafirmem, rapidamente, a sua posição e confirmem a lei, para assim garantir a sua promulgação obrigatória, respeitando a vontade das populações, devolvendo às freguesias a sua identidade e proximidade ao serviço das comunidades”.