Beja está entre as cidades do país que recebeu, hoje, uma manifestação pela cultura. A iniciativa foi promovida pelo CENA-STE – Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos, pela Rede – Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, pela Plateia – Profissionais Artes Cénicas e pelo Manifesto em Defesa da Cultura.
O protesto surge na sequência dos resultados dos concursos de apoio às artes da DGArtes.
Os intervenientes falam numa quebra dos apoios do Estado e exigem a definição de uma Política Cultural com criação de um Novo modelo de Apoio às Artes e respectivos instrumentos de financiamento.
Por outro lado, reivindicam um aumento imediato do orçamento dos Apoios às Artes para 25 milhões de euros e a fixação de um mínimo de 1% do Orçamento de Estado para a Cultura, já em 2019.
Carlos Alegria, coordenador do manifesto pelas artes e cultura no distrito de Beja refere que “o modelo de financiamento às artes prejudicou o Alentejo, porque não existe uma descentralização clara dos apoios. (…) Menos dinheiro implica menos estruturas apoiadas, (…) no distrito, passámos de cinco, seis [estruturas apoiadas], em 2009 para apenas duas”.
João Dias, deputado do PCP eleito por Beja referiu em declarações à Rádio Pax que “a luta pelo aumento do orçamento de estado para a cultura deve ser mantida”.
O deputado do PCP salientou também que “a cultura deve ser um dever do estado para com as pessoas, principalmente numa região como Beja deve haver todos os esforços para que a população tenha acesso à cultura, a um vasto leque cultural e artístico que permita não ter de sair da região”.
Ana Paula Amendoeira, directora Regional de Cultura do Alentejo, também marcou presença no manifesto que decorreu na Praça da República. A directora regional explicou que “a direcção regional de cultura está à disposição para ajudar e colaborar com os artistas da região”.