Os problemas na climatização do centro escolar em Serpa continuam a gerar preocupação entre pais, alunos, professores e a Câmara Municipal. Desde a inauguração do edifício que o sistema apresenta falhas persistentes, que têm dificultado o conforto e o normal funcionamento das atividades letivas.
A Rádio Pax revelou ontem em exclusivo esta situação que tem vindo a agravar-se com o passar do tempo. Ana Apolinário, diretora do centro escolar, expressou em comunicado o crescente descontentamento dos vários intervenientes. “O desagrado tem aumentado, porque as temperaturas elevadas tornam impossível garantir um ambiente adequado para o ensino e o trabalho diário”.
Entretanto, contactado pela Rádio Pax, João Efigénio, presidente da Câmara Municipal de Serpa, admitiu a complexidade do problema. “Desde o início que temos um problema que, apesar de todos os esforços, ainda não conseguimos identificar nem resolver,” afirmou o autarca. Explicou que o sistema em causa é responsável não só pela climatização, ou seja, pelo fornecimento de frio e calor, mas também pela circulação do ar em todo o centro escolar.
A arquitetura do edifício poderá estar a dificultar ainda mais a resolução do problema. “Talvez a estrutura não fosse a melhor escolha para este tipo de equipamento, que tem de garantir não só o ar condicionado, mas também a circulação do ar no edifício,” explicou João Efigénio.
Uma das soluções ponderadas passou pela instalação de aparelhos de ar condicionado individuais em todas as salas. Contudo, esta hipótese exigiria alterações estruturais significativas, que não são viáveis. Até porque o sistema original tinha que ser mantido para garantir a ventilação do espaço.
O presidente da Câmara reafirmou o empenho da autarquia na busca por uma solução definitiva. “Da parte da Câmara Municipal de Serpa há um empenho total para resolver esta situação. Eu quero resolver aquele problema,” garantiu. O edil mostrou ainda compreensão pela preocupação dos pais: “Sei que eles querem ver isto resolvido, mas não querem mais do que eu. Posso assegurar isso.”
A autarquia contratou uma empresa especializada para realizar a manutenção e acompanhar os problemas do sistema, mas até agora os técnicos não conseguiram encontrar uma solução definitiva. “Apesar dos esforços, ainda não encontramos técnicos que nos garantam uma solução que seja para durar,” concluiu João Efigénio.
A Rádio Pax sabe que, neste momento, o problema está resolvido, resta saber até quando.
A expectativa da comunidade educativa e da autarquia é que, através de uma análise mais aprofundada e de um investimento adequado, o problema seja ultrapassado em breve, garantindo assim condições confortáveis para todos ao longo do ano letivo.