A Câmara Municipal de Serpa assegura que tem vindo a ser confrontada com a situação de “desalojamento e desemprego, de um número considerável de migrantes que vêm para o nosso País à procura de melhores condições de vida”.
De acordo com o município, até ao momento, e na sequência de várias solicitações dos serviços da Segurança Social, a autarquia realojou temporariamente vários grupos de migrantes, sendo que alguns destes foram já encaminhados para alojamentos geridos pela Segurança Social.
Contudo, esta situação está a preocupar o Executivo, “uma vez que, para além daqueles que ainda persistem no local onde foram temporariamente alojados, quase diariamente, surgem novos casos de pessoas a viver na rua”.
A Câmara revela que endereçou um ofício, no passado dia 21 de setembro, ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro, aos ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, referindo que, “face à situação de emergência social que se está a verificar no nosso concelho”, torna-se necessária “uma rápida intervenção e resolução do problema existente”.
A autarquia frisa na missiva que o realojamento temporário de vários grupos de migrantes, foi “uma resposta de emergência”, sendo urgente a “resolução do problema”, que, só com “uma rápida intervenção política, concertada com as autoridades timorenses, mas também a definição de normativos legais, que nesta e noutras situações, imponham obrigações claras de alojamento aos empregadores de trabalhadores imigrantes, pode dar resposta ao problema existente neste momento em Serpa”.