A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou, ontem o alargamento da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, às pessoas acima dos 65 anos, depois de comprovada a eficácia neste grupo etário.
Na norma relativa à vacina da AstraZeneca atualizada, esta quarta-feira, de forma a permitir a sua utilização sem reservas a partir dos 18 anos, a DGS sublinha que tal decisão se deve à segurança, qualidade e eficácia comprovadas.
“Esta decisão tem suporte na divulgação de dados conhecidos nos últimos dias, que indicam que a vacina da AstraZeneca é eficaz em pessoas com mais de 65 anos”, escreve a DGS.
A DGS diz que os novos estudos conhecidos mostraram, “com base em metodologias científicas robustas, que a vacina da AstraZeneca é eficaz em indivíduos com 70 ou mais anos, quer na prevenção da Covid-19, quer na redução das hospitalizações por esta doença, reforçando os dados iniciais de que esta vacina é capaz de produzir anticorpos eficazes no combate à infeção por SARS-CoV-2, mesmo em pessoas mais velhas”.
Esta decisão foi tomada após análise destes novos dados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 da DGS e do parecer do Infarmed.
Recorde-se que em fevereiro, a DGS emitiu um parecer sobre a vacina da AstraZeneca, que desaconselhava, a inoculação da vacina a maiores de 65 anos. A autoridade de saúde referiu, na altura, que, até que surgissem novos dados, a vacina devia ser, preferencialmente, administrada em pessoas até aos 65 anos de idade.
Na norma relativa à vacina da AstraZeneca publicada em fevereiro, a DGS informava que o esquema vacinal recomendado é de duas doses, com intervalo de 12 semanas, e lembrava que, se após a 1.ª dose for confirmada infeção por SARS-CoV-2, “não deve ser administrada a 2.ª dose”.
Se foi administrada a 1.ª dose a uma pessoa que tenha estado infetada por SARS-CoV2 não deve ser administrada a 2.ª dose, dizia ainda a DGS.
Rádio Pax/Lusa
Fotografia: Observador