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Entrevista: João Rocha

Entrevista: João Rocha

Beja regressa ao período romano

O centro histórico de Beja reencontra-se com as suas origens. A cidade acolhe mais uma edição do Festival Beja Romana. João Rocha, presidente da Câmara de Beja, assegura que há um maior envolvimento dos bejenses na iniciativa que tem no programa música, animação, cortejos, mercado, espectáculos entre muitas outras atividades.

Pax Jornal- Que novidades apresenta a III Edição do Festival Beja Romana?

João Rocha – Na sua terceira edição, a iniciativa Beja Romana apresenta algumas novidades que surgem do debate alargado com entidades e consolidação deste evento.

Uma delas é o primeiro concurso de fotografia com o tema “III Beja Romana – património e vivências de Pax-Júlia”, que tem como objetivo divulgar e sensibilizar para a importância do mundo romano e incentivar à fruição e preservação do património histórico da cidade de Beja.

Por outro lado, no cortejo de abertura da Beja Romana, associaram-se muitas mais crianças e jovens das escolas do concelho, cerca de 500 ao todo, e também munícipes que, por sua iniciativa, se juntam a este momento tornando-o ainda mais participado. Este cortejo praticamente duplica em número de participantes, contando com cerca de 700 “figurantes”.

Contamos também com um maior número de participantes inscritos no “mercado romano”, em todas as áreas (alimentar, artesanato, …), que também duplicou e também como novidade deste ano aparece o teatro, com a peça “A Consolação da Filosofia” do grupo Arte Pública, outras peças de rua e ainda um colóquio, “Conversa com Vinho”, co organizado com a ACV – Produção e Comércio de Vinho de Talha, Lda.

O tema proposto “O Triunfo do general”, resultante da parceria com a escola D. Manuel I, reporta ao Século I a .C., quando Quinto Sertório (General), à frente de um valoroso exército, celebrou triunfante as suas vitórias sobre os territórios da Lusitânia, na cidade à qual Júlio César viria a atribuir o nome de Pax Júlia (hoje cidade de Beja).

É este acontecimento que se pretende recriar este ano, na Beja Romana, com um programa de 3 dias, repleto de atividades, música, cortejos com cavalos, mercado, falcoaria, acepipes e espetáculos de fogo.

 PJ- Este encontro entre o passado e o presente ganha uma nova importância depois de identificados dois templos romanos, um dos quais, o maior descoberto em território nacional?

JR – Este evento, com a partilha de momentos e a envolvência e recriação de tempos romanos, integrado nas recentes descobertas e trabalhos arqueológicos em curso, tem uma importância histórica enorme para a nossa cidade. Será um espaço e um tempo privilegiado para conhecer o passado e a vivência das cidades de Beja que se encontram sob a cidade atual. A construção do centro de arqueologia, o seu espaço museológico, poderão constituir a âncora de uma estratégia de afirmação e promoção da cidade com base no seu passado romano, que se pretende seja articulada com esta iniciativa já existente e outras que se venham a programar o que se reveste de uma grande importância, do ponto de vista cultural, para a nossa cidade.

PJ – O Festival representa mais um contributo do município na revitalização do centro histórico?

JR – Este evento insere-se na estratégia global para revitalização do centro histórico e faz parte de um planeamento cuidado que comporta diferentes atividades de caráter cultural e recreativo, a ter lugar ao longo de todo o ano. Este, como outros eventos que estamos a organizar, traz as pessoas para a rua, convida-as a fruir da sua cidade, a retomar ligações de vizinhança, a serem atores de desenvolvimento.

 PJ – Este Festival conta com um maior envolvimento do movimento associativo da cidade e do concelho?

JR – Nesta edição verifica-se um crescimento substancial no envolvimento das escolas e do movimento associativo, que foi convidado a participar em todas as fases de planeamento e tem colaborado ativamente na conceção e programação do festival. Prova disso é a duplicação do número de barraquinhas e expositores do mercado romano, a duplicação do número de figurantes no cortejo de abertura, e a colaboração ativa de inúmeras associações na dinamização de algum tipo de atividade ao longo destes 3 dias.

PJ – Este é um evento que se começa a afirmar na região?

JR – A Beja Romana tem vindo a afirmar-se desde a primeira edição e está, de facto, em crescimento como tem comprovado a procura, cada vez maior, por parte de mercadores e de participantes nesta iniciativa, que também é consequência da aposta na promoção turística deste festival.

A projeção do evento reflete-se na procura referida, mas também no aumento do número de munícipes a inscrever-se como figurantes e de visitantes.

A aposta na divulgação, local, regional e nacional, e até em meios de comunicação da especialidade, quer turística quer cultural, tem vindo a contribuir para o sucesso da Beja Romana bem como para a promoção do próprio território.

PJ – O Festival tem ganho relevo na economia local?

JR – Sem dúvida que sim. A realização da Beja Romana contribui para o aumento das receitas do tecido económico local, em virtude da aquisição de serviços e de materiais, tais como tecidos e adornos para os trajes de época, utensílios em barro e outros Este evento contribui para a revitalização do comércio, quer através do aumento do consumo de bens, como da utilização de serviços, com aquisição de produtos locais para a confeção nas barraquinhas do evento que são exploradas, também, por restaurantes e associações do concelho. Acresce que, quem nos visita procurará locais para comer e, eventualmente, pernoitar, conferindo maior dinâmica, nestes dias, à vida empresarial e comercial do Concelho.

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Farmácia de serviço hoje na cidade de Beja

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