A climatização do Centro Escolar da Escola Básica Abade Correia da Serra, em Serpa, continua a ser um problema por resolver. Uma situação que, segundo a diretora do Agrupamento de Escolas nº1 de Serpa, Ana Apolinário, se arrasta desde o início da utilização do edifício. Um problema que se coloca todos os anos sempre que as temperaturas se aproximam dos extremos (muito frio no inverno e muito quente no verão).
Conforme informações a que a Rádio Pax teve acesso, a professora Ana Apolinário admite que, com o calor que se faz sentir, “não se reúnem as condições mínimas de aprendizagem e trabalho naquele local.”
Apesar das várias visitas técnicas ao longo do tempo, a situação mantém-se. E, segundo a diretora, na última segunda-feira, apesar das tentativas da parte da escola, nenhum técnico da autarquia ou da empresa de manutenção se deslocou ao local, mesmo tendo conhecimento da gravidade do problema.
Na tentativa de minimizar o impacto nas aulas, a direção do Agrupamento ponderou a transferência temporária das turmas para o edifício do 2.º e 3.º ciclos. Mas, como explica a responsável, “por incompatibilidades de espaço, ainda não foi possível concretizar essa solução.”
A escola está atualmente em período de Provas Finais, o que exige a utilização de muitas salas e impede uma realocação imediata.
A diretora alerta que esta não é apenas uma questão de climatização.
“Em janeiro foi feito um levantamento exaustivo das fragilidades do edifício: desde problemas nas paredes, eletricidade, iluminação e estores, mas até agora não obtivemos qualquer resposta no sentido da sua resolução”, denuncia.
Ana Apolinário esclarece ainda que, no âmbito da delegação de competências, a manutenção básica é da responsabilidade do Agrupamento, mas as intervenções maiores e a manutenção dos aparelhos cabem à Câmara Municipal, situação que não tem acontecido.
Por fim, garante que o Agrupamento está totalmente disponível para trabalhar em conjunto com a autarquia com o objectivo de encontrar uma solução o mais breve possível.
A Rádio Pax apurou que vários pais e encarregados de educação estão a ponderar avançar com formas de protesto, exigindo soluções concretas e imediatas para que os seus filhos possam ter aulas num ambiente digno e com condições adequadas. O descontentamento tem vindo a crescer, à medida que os problemas de climatização persistem e as temperaturas elevadas tornam insuportável o normal funcionamento das atividades letivas.