A Academia de Líderes Ubuntu Escolas vai avançar, para o 2º ano, de dinamização do seu projeto em Odemira.
Desenvolvido a partir do modelo de liderança servidora, este projeto nasceu em Portugal e está presente em 16 países. Odemira foi o primeiro território a lançar o projeto no Alentejo.
A iniciativa está implementada nas três escolas de nível secundário do concelho, ou seja, na Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves (Odemira), na Escola Profissional de Odemira e no Colégio Nossa Senhora da Graça (Vila Nova de Milfontes).
O projeto tem como “objetivo capacitar jovens e educadores enquanto agentes de transformação ao serviço das comunidades”.
Com foco na promoção da paz e na construção da justiça, o projeto pretende desenvolver uma ética do cuidado, focada na empatia, atenção e responsabilidade, considerando três dimensões: eu, eu e o outro, eu e o mundo.
Promovido pelo Instituto Padre António Vieira (IPAV) e financiado pelo município de Odemira, o projeto terá a sua execução durante três anos letivos, com o objetivo de garantir o prosseguimento da metodologia Ubuntu, de forma autónoma no futuro. As declarações são de Isabel Palma Raposo, vereadora do município.
A componente teórica da formação de formadores, dirigida a docentes e não docentes, aconteceu nos dias 15 e 16 de setembro, via online, com a participação de várias escolas do país.
A componente prática/presencial decorreu nos dias 6 e 7 de outubro, acolhida pelo Colégio Nossa Senhora da Graça de Vila Nova de Milfontes.
Na ação participaram, também, docentes do Agrupamento de Escolas de S. Teotónio e docentes do concelho de Sines, que irão desenvolver o projeto nas suas escolas, através do Ministério da Educação.
Para além dos conhecimentos e dinâmicas, os formandos receberam a t-shirt Ubuntu, consagrando o seu compromisso e entrada para esta rede global imprescindível ao serviço da comunidade, ajudando a construir uma sociedade mais justa e solidária.
Ubuntu é uma filosofia de origem africana que se traduz na expressão “Eu Sou porque tu És”, na valorização da interdependência e da solidariedade, na promoção de competências pessoais, sociais e cívicas dos participantes, tal como explica Mariana Parreira, técnica superior da Câmara de Odemira, responsável pela monitorização do projeto.