A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) questiona a libertação de 45 milhões de metros cúbicos de água de Alqueva na sequência de um compromisso que a EDIA tem com o Estado Português, com o objetivo de simular um caudal de cheia no Rio do Guadiana.
A Federação sublinha que “este volume de água somado ao libertado o ano passado, em ano de seca severa, corresponde a uma albufeira do Roxo completamente cheia”.
A FAABA interroga-se relativamente a esta medida “numa altura em que os agricultores se debatem com cortes de água às suas explorações agrícolas, sempre que ultrapassam as dotações pré-estabelecidadas pela EDIA, em que se impõem barreiras à restruturação de culturas e à distribuição da água aos regantes precários, bem como à sua integração, sempre na perspetiva de reduzir o consumo de água”.
A Federação fala num “enorme desperdício de água e de má gestão dos recursos hídricos disponíveis” no empreendimento de fins múltiplos de Alqueva.