O sector de produção de porco alentejano “continua em crescimento, apesar dos problemas que atravessa”, assegura Nuno Faustino, presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA).
De acordo com este responsável, “há uma grande procura por esta matéria-prima, que é o porco alentejano,” e o mercado tem “remunerado o suficiente” os criadores.
Nuno Faustino considera que “há margem para crescer muito” neste sector e um grande potencial para a montanheira que “pode atrair novos investidores”.
Em seu entender, é necessário mais investimento e mais indústrias para reduzir a dependência de Espanha. Neste momento mais de 90% do porco alentejano de montanheira é exportado para Espanha, onde é transformado, uma vez que em Portugal não existem unidades que dêem resposta. Neste quadro, a “mais-valia” da transformação da produção fica no país vizinho.
Nuno Faustino admite que a seca “complicou a montanheira” dada a “falta de bolota, erva e água”. Ainda assim, os produtores asseguram que o ano “foi bom porque o mercado valorizou bem a produção” de porco de raça alentejana.