A águia-real é uma espécie ameaçada com o estatuto de “Em Perigo”, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Dos 65 casais existentes, em Portugal, na temporada de nidificação de 2020, dez foram registados no Alentejo.
Para a temporada de nidificação de 2020, estima-se a existência de 65 casais confirmados e 6 casais possíveis de águia-real, em Portugal, sendo nos distritos de Bragança e da Guarda que se encontra a grande maioria da população com 44 a 50 casais.
Na região do Alentejo registam-se 10 casais de águia-real. Embora, no ano de 2020, tenham ocorrido vários constrangimentos, durante o período reprodutor, os resultados foram bastante consideráveis, destacando-se os cerca de 10 casais que ocuparam o território, sendo a área de ocupação pela espécie, no Alentejo, de aproximadamente 5600 Km2.
“Em termos de ocorrência desta espécie”, o ICNF destaca “a elevada importância das Áreas Classificadas no Alentejo”.
A distribuição nacional/regional desta espécie é bem conhecida, quer através dos Atlas Nacionais, quer através do único censo nacional da espécie.
A orografia da região Norte, caracterizada por um vasto conjunto de zonas escarpadas rochosas, sejam maciços montanhosos, sejam vales alcantilados, que formam biótopos rupícolas de grande valor para a fauna e flora, faz com que a população existente nessa região corresponda à população mais numerosa do país (cerca de 72% da totalidade nacional de casais).
O Douro Internacional corresponde, também, a uma das populações com maior densidade em termos Ibéricos e a nível Europeu.
Na região Centro confirmam-se 10 casais, que nidificam nas zonas próximas da fronteira com o Reino de Espanha, desde Vila Velha de Rodão, ao sul, até Almeida, ao norte.