O Presidente da República recusou antecipar se o Estado de Emergência irá ou não terminar, no fim deste mês, e disse que essa é uma análise feita, constantemente, em função dos dados da evolução da Covid-19.
No final de uma visita a uma Escola Secundária, no dia em que os alunos do ensino secundário retomaram as aulas presenciais, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas se em maio já não haverá Estado de Emergência.
O chefe de Estado disse que “existe um plano de desconfinamento que está a seguir os seus passos e tem de atender à realidade” que se “aplica a nível nacional, mas tem que ter em consideração as circunstâncias locais”.
Marcelo Rebelo de Sousa realçou que “é bom que aqueles que estejam numa situação com maiores restrições, tenham noção de que os que têm menos restrições, partilham solidariamente aquilo que sentem”, dizendo que “estamos no mesmo barco”.
“É uma análise que é feita todos os 15 dias. Eu diria mesmo, todos os dias. Todos os dias eu olho e o senhor primeiro-ministro olha e a senhora ministra da Saúde olha e o Governo todo olha para os números, para a incidência, para a situação dos internados, para o número dos internados em cuidados intensivos, para o número de mortos”, respondeu.
Marcelo Rebelo de Sousa, que já expressou o desejo de que o atual período de estado de emergência, até 30 de abril, fosse o último, acrescentou: “Isto vai sendo analisado todos os dias, e toma-se decisão em cima dos factos, em cima da realidade, não por abstração, não porque apetece”.
“Se fosse por apetecer, já há muito tempo que apeteceria não estarmos em estado de emergência e não estarmos em confinamento, ou estarmos num processo de desconfinamento muito mais avançado”, afirmou.
Rádio Pax/ Lusa