O funeral de Joaquim Guerreiro, mineiro de 46 anos que faleceu na sequência de um acidente no fundo da Mina de Aljustrel realizou-se esta quinta-feira em Ermidas Sado, concelho de Santiago do Cacém, no distrito de Beja.
As homenagens fúnebres começaram cerca das 10h00, na casa mortuária da localidade. O percurso até ao cemitério foi feito a pé e demorou perto de hora e meia com a urna carregada aos ombros por vários mineiros.
Entre familiares, amigos e, principalmente, companheiros de profissão, foram milhares as pessoas que assistiram às cerimónias fúnebres. “Não me lembro de ver um funeral cá na terra com tanta gente”, afirmou um conterrâneo do falecido.
Na hora da derradeira despedida, o Grupo Coral dos Mineiros de Aljustrel cantou o Hino dos Mineiros, transformando a ocasião no momento mais emotivo das cerimónias.
Recorde-se que Joaquim Guerreiro e João Negra, de 25 anos, tinham acabado de reparar uma máquina de perfuração no piso 310 quando, ao fazerem marcha-atrás para regressar à superfície, a carrinha de caixa aberta resvala para o interior de um fosso com cerca de 40 metros de profundidade.
O óbito de Joaquim Guerreiro foi declarado no local. O colega, João Negra, foi transportado em estado grave para o Hospital de Beja e, mais tarde, para um hospital de Lisboa onde se encontra ainda em situação critica.