De acordo com o Conselho Distrital, os problemas agravaram-se no último mês quando se tem verificado que há programas “que sucessivamente têm que ser abertos, fechados e reabertos, sem a conveniente interligação, funcionam mal ou não funcionam de todo, bloqueiam-se uns aos outros e dificilmente desbloqueiam, levando a tempos de paragem do trabalho médico, que, no fim de cada sessão de Consultas somam largas dezenas de minutos de tempo morto”.
A Ordem acrescenta que “este quotidiano a que os Médicos estão sujeitos, como aliás outros profissionais, não só prejudica os utentes, como induz um incontornável stress nos profissionais, provocando um desaconselhável clima de intranquilidade, de dispersão da atenção e, por consequência, de risco de erro médico acrescido”.
O Conselho Distrital de Beja da Ordem dos Médicos expressa o seu “repúdio” pelas condições a que têm estado sujeitos Médicos e utentes, “sem que os responsáveis nacionais pelas anomalias verificadas alguma vez verdadeiramente se preocupassem em as corrigir”.
O Conselho Distrital realça o “empenho” actualmente verificado por parte do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo na “sinalização superior dos problemas sentidos” e lamenta “a indiferença que aparentemente tem existido por parte de quem tem responsabilidades pela implementação dos sistemas informáticos disponíveis”.
Pedro Vasconcelos, presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Médicos, frisa que este é um problema que se está a verificar em todo o país. O médico assegura que os profissionais no Centro de Saúde de Beja estão a passar receitas e pedir exames “à moda antiga”, ou seja, à mão.