A proposta de Orçamento de Estado para 2018 “prossegue a recuperação de rendimentos e de direitos, mas mantêm o investimento abaixo do que seria possível e é necessário”, considera o PCP.
A Direcção da Organização Regional de Beja (DORBE) entende que “o investimento público previsto neste orçamento é, a preços correntes, inferior ao de 1995”.
João Ramos, deputado do PCP eleito por Beja disse ontem, em Conferência de Imprensa sobre o Orçamento de Estado, que a “obsessão pelo défice, leva o Governo a não fazer os investimentos, por exemplo, na manutenção de material circulante na ferrovia e no não investimento nas ligações ferroviárias a Beja; no não investimento na rede viária como é exemplo o IP8, na ligação Beja – Santa Margarida do Sado”.
Para o parlamentar são ainda necessários mais investimentos em áreas como saúde e educação.
Nas contas do PCP o Alentejo vai perder 11 milhões de euros de investimento em 2018, face ao corrente ano.
O PCP “espera contribuir para um orçamento mais justo para os trabalhadores e para as pequenas e médias empresas e explorações agrícolas”, durante a discussão na especialidade.
João Ramos vai intervir no sentido de esclarecer se haverá verbas para alargamento da rede de rega de Alqueva ou para a electrificação da ferrovia até Beja.
De acordo com o PCP, o Orçamento não dá “sinais” sobre o aproveitamento do aeroporto de Beja ou o combate ao despovoamento e à desertificação.