“Por uma solução rápida e definitiva para o problema do IP8 e do IP2 e por garantias de intervenção na rede rodoviária do distrito de Beja” é o título do Projecto do Grupo Parlamentar do PCP onde é recomendado ao Governo que “encontre uma solução imediata para a situação do IP8 e do IP2 [no troço entre Évora (A6) e Castro Verde], garantindo a segurança na circulação e o arranque imediato das obras de construção, aproveitando e rentabilizando o investimento já realizado”.
Por outro lado, o PCP defende a calendarização da “conclusão do IP8 na sua totalidade entre Sines e Vila Verde de Ficalho, conforme definido no Plano Rodoviário Nacional, em perfil de autoestrada e sem portagens”.
No Projecto é ainda solicitado que seja assumida a “inserção da conclusão do IC 27 e do IC4 no planeamento de construção de infraestruturas da Estradas de Portugal S.A., estabelecendo a respectiva calendarização e enquadramento financeiro”.
A requalificação das ligações Moura-Barrancos, por Amareleja; Cuba-IP8; e Cuba-IP2; bem como a inclusão na Rede Rodoviária Nacional da ligação Beja-Aljustrel-Odemira em perfil de Itinerário Complementar e Portel (IP2) Moura Ficalho (IP8); são outras das recomendações.
Em conferência de imprensa, realizada junto a uma das estruturas abandonadas no IP2, em Santa Clara do Louredo, João Ramos lembrou que alguns destes itinerários estão previstos “há 30 anos”. O parlamentar não compreende por que razão o distrito onde está instalado um aeroporto, o maior investimento de sempre na agricultura [Alqueva] e a maior mina de cobre da Europa não tem uma via “estruturante”.
O deputado acrescenta que o investimento feito não pode ser desperdiçado. Em sua opinião os diferentes partidos têm que “comprometer-se com uma solução para o problema” das acessibilidades.
O Projecto vai ser votado em plenário na Assembleia da República. O deputado do PCP espera que os deputados do PS e PSD eleitos por Beja estejam “disponíveis” para votar favoravelmente o Projecto de Resolução.
